28 de abril de 2012

Os dois governos que operam em nós..


Existem 2 tipos de crentes: o crente que anda (vive) na alma, governado pela alma (e consequentemente na carne), e o crente que anda no Espírito (que vive sob o governo do Espírito).


Na Bíblia, muitas vezes podemos ver a palavra “coração” representando a nossa “alma”, como em Jeremias 17.9:


“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?”


(em outra tradução, o significado está ainda mais claro):


“ENGANOSO é o coração, mais do que todas as coisas, e DESESPERADAMENTE CORRUPTO; quem o conhecerá?”  (Jr 17.9 – RA)


Observe o contexto dessa passagem do versículo 5 até o 10, com algumas explicações entre parênteses:


Jeremias 17.5-10:


(17.5) Assim diz o SENHOR: Maldito (amaldiçoado é) o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! (amaldiçoado é o homem que confia mais em si do que no Senhor, que confia mais na força do próprio braço do que em Deus, e que afasta sua alma – suas vontades – de Deus)


(17.6) Porque (esse homem) será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes (ao invés disso), morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.


(17.7) Bendito (abençoado) o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR.


(17.8) Porque ele (esse homem) é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro (significa que essa árvore tem suas raízes – por debaixo da terra – voltadas em direção ao rio, e por isso essa árvore está sempre “bebendo água” sem ninguém ver, porque é debaixo da terra que ela está recebendo a humidade, ou seja, no secreto) e (esse homem, que é como essa árvore) não receia (não tem medo) quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão (no ano de seca), não se perturba (não se preocupa), nem deixa de dar fruto. (mesmo com a seca, que representa as circunstâncias difíceis, esse homem não deixa de prosperar em todas as áreas de sua vida, porque sua fonte de “água” está garantida, sua fonte não é visível, mas é real, e isso o sustenta mesmo no tempo da seca).


(17.9) Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? (enganosas são as vontades e os pensamentos do homem, eles são traiçoeiros, quem os verá e revelará?)


(17.10) Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração (sondo, vejo e analiso a alma e as vontades de cada um), eu provo (testo) os pensamentos; e isto (faço) para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações. (segundo o que cada um fizer, semear, ação e reação, a lei da semeadura).


Coração e alma são a mesma coisa, e, o que a Bíblia nos mostra é que a nossa alma não é confiável, ela é enganosa.


Seria “um pouco” enganosa? Não. A Bíblia nos mostra que a nossa alma é enganosa MAIS do que TODAS AS COISAS. Isso significa que a nossa alma é extremamente TRAIÇOEIRA, e por isso Deus diz “maldito o homem que confiar nela” (vers. 5).


É da nossa alma que fluem as nossas vontades, ou seja, as vontades “nascem” na alma. Então, quando Deus falou “enganosa é a alma…” consequentemente Deus estava nos dizendo: “enganosas são as vontades de vocês, elas são traiçoeiras! Não confiem nelas!”


Mas hoje (graças a Deus) sabemos que não somos mais obrigados a andar (viver) na alma (sob o governo dela), porque recebemos a oportunidade de andar no Espírito, com a ajuda dEle, através do batismo nEle, através dos dons dEle, da armadura espiritual que Ele nos fornece (Efésios 6.13).


Como saber se estamos andando (vivendo) no Espírito?


Como saber se o governo que está agindo sobre nós é o da nossa alma ou o do Espírito Santo?


Quando você anda no Espírito, você NÃO faz o que você quer (o que a tua vontade física, vontade instintiva, vontade emocional quer), apesar de “querer”, de sentir “vontades”, (quando você anda no Espírito) você não se deixa governar por elas, mas opera em você uma decisão de submeter as tuas vontades a Deus, opera em você um domínio próprio, e uma vontade MAIOR de crucificar a tua vontade (do que de realizá-la), opera em você uma decisão e uma vontade MAIOR de fazer a vontade de Deus. Porque? Simplesmente porque você sabe que a tua vontade não é confiável.


Quando você anda no Espírito você obedece a vontade de Deus.


Uma pessoa que só faz o que quer, NÃO ANDA SOB O GOVERNO DO ESPÍRITO, mas sob o governo da alma e da carne.


A vontade de Deus não é como a nossa (enganosa, perversa e corrupta – Jr 17.9), a vontade de Deus é PERFEITA, boa, e agradável para nós (Rm 12.2), por isso não devemos confiar em nossa vontade, mas devemos confiar somente na vontade de Deus, que sempre será MELHOR que a nossa.


Qual é o “segredo” para andarmos sempre no Espírito?


A maneira como eu fortaleço meu espírito (e enfraqueço as minhas vontades carnais) é através da prática da oração em línguas (e também do jejum), mas observe, não estou falando da oração em línguas na forma de interpretação (1 Cor.14.5), nem da oração em línguas na forma de “idiomas variados” (como descrita em Atos 2.6-8), estou falando de outra forma de oração em línguas (porque existem 4 formas diferentes de oração em línguas), estou falando da forma que está descrita em 1 Coríntios 14.4: a oração em línguas para a nossa edificação pessoal. Essa forma de oração em línguas é a que eu utilizo para fortalecer o meu espírito, ela é totalmente bíblica.


O próprio Apóstolo Paulo disse em 1 Coríntios 14.18 o seguinte:


 “Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos.”


Ou seja, o Ap. Paulo orava muito em línguas! Porque? Porque ele sabia que essa era uma forma muito eficaz de fortalecimento espiritual.


Vamos ler o que o Ap. Paulo diz do verso 1 ao 4:


1 Coríntios 14. 1- 4 (com algumas explicações entre parênteses)


(14.1) Segui o amor e procurai, com zelo (com cuidado, com atenção), os dons espirituais (busque os dons espirituais), mas principalmente (busque) que profetizeis. (Esse dom é destacado pelo Apóstolo Paulo por ser um dos dons que mais edificam e fortalecem a toda a igreja).


(14.2) Pois quem fala em outra língua não fala a homens (não está falando pros homens entenderem, é um “idioma” incompreensível aos homens), senão a Deus (fala com Deus, é um “idioma” que só Deus entende), visto que ninguém o entende (ninguém entende nada que estamos falando quando estamos orando em línguas, pq? Porque na verdade, ela não é uma oração para a alma humana entender – a não ser que o Espírito dê a interpretação), e em espírito (a pessoa que está orando) fala mistérios. (a oração em línguas é uma oração EM ESPÍRITO – não “em ALMA” – onde a pessoa fala MISTÉRIOS. Aqui, mistérios, são as coisas ORADAS em espírito, coisas que ainda não nos foram reveladas, que não sabemos, coisas que o Espírito está intercedendo por nós, mas que não estão sendo reveladas a nossa alma/mente naquele momento, por isso essa oração é um mistério para nós).


(14.3) Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando. (mas quem profetiza fala em um idioma que todos entendem, idiomas que a nossa alma entende, como Português, Inglês, Espanhol, etc… trazendo edificação, encorajamento e consolo para toda a igreja, e não apenas para uma pessoa)


(14.4) O QUE FALA EM OUTRA LÍNGUA A SI MESMO SE EDIFICA, mas o que profetiza edifica a igreja. (edificar = construir = fundar = quem fala em outra língua a si mesmo “constrói”, firma, fortalece… mas quem profetiza, firma, constrói, fortalece a igreja toda, E NÃO APENAS A SI MESMO).


Perceba que nesta passagem (e nesse capítulo) o Ap. Paulo está falando da importância de falar (DENTRO DA IGREJA – no microfone, no púlpito) em um idioma que TODOS ENTENDAM, que edifique a todos, e não apenas em línguas. Nesse capítulo ele fala várias vezes que não adianta ficarmos orando em línguas pros outros (não é esse o propósito da oração em línguas) mas que (no caso do idioma do Brasil) quando nos dirigimos aos outros publicamente, devemos falar em PORTUGUÊS, pois assim todos nos entenderão, e serão edificados.


Porém, Paulo deixa “escapar” (no verso 4) o propósito da oração em línguas, para quê ela serve: para nossa edificação pessoal!


E no verso 18, ele DECLARA que era um grande praticante desse dom de edificação!


Não é maravilhoso isso?


A oração em línguas nos fortalece a ponto de fazer a nossa alma se submeter ao Espírito de Deus. A nossa alma (mente) não está capacitada para governar a nossa vida, ela está capacitada apenas para expressar sentimentos, emoções e vontades.


O nosso espírito humano foi criado para receber o Espírito Santo, e assim (através do batismo no Espírito Santo) Ele (o Espírito Santo) poder nos governar, governar SOBRE a nossa alma, sobre nossos pensamentos, sobre as nossas vontades.


E assim, quando o Espírito nos governa, na prática, no dia a dia, Ele nos ensinará TODAS as coisas:


João 14.26: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.”


Isso significa que, apesar das nossas vontades serem traiçoeiras, dos nossos pensamentos serem enganosos (Jr 17.9), e por causa disso não sabermos fazer as escolhas certas ou dirigir corretamente as nossas vidas, ELE (o Espírito Santo) nos GUIARÁ PELO CAMINHO DA VERDADE:


João 16.13:  “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.”


É por isso que você precisa receber o batismo do Espírito Santo, e começar a praticar a oração em línguas para a tua edificação pessoal. Sem a prática desse dom a armadura espiritual descrita por Paulo em Efésios 6 não está completa, ele diz assim:


Efésios 6.13-18: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; ORANDO EM TODO O TEMPO com toda a oração e súplica NO ESPÍRITO, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos…”


Orar NO ESPÍRITO não é orar com a mente, em pensamento, porque orar com a mente é orar com a ALMA. Orar NO Espírito é quando o próprio Espírito Santo ora (intercede) por nós, essa é a ÚNICA forma de orar NO ESPÍRITO = em línguas. Todas as outras formas de oração são com a alma (mente), por isso Paulo disse aos Romanos:


Romanos 8.26-27:


“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém (porque oramos segundo a nossa vontade = alma), mas o mesmo Espírito (Santo) intercede (ora) por nós sobremaneira (acima da nossa maneira), com gemidos inexprimíveis.”


“E aquele que sonda os corações (Aquele – Ele – que vê a nossa alma/mente) sabe qual é a mente do Espírito (Ele sabe o que Ele mesmo pensa e planejou para cada um de nós), porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede (ora) pelos santos. (por nós)”


Por isso, trazendo para a prática: ore em línguas, ore diariamente, ore enquanto você faz suas atividades em casa, ou enquanto estiver dirigindo, indo ao trabalho, andando de ônibus, caminhando pelas ruas… para isso, você não precisa orar em voz alta, chamar a atenção das pessoas ao redor, não, esse não é o propósito (lembra?), ore baixinho mesmo, pois essa oração é entre você e o Espírito de Deus! Para tua edificação pessoal!


Você pode escolher, pode decidir se entregar a Ele, ao governo dEle por quanto tempo você quiser (orando em línguas), e assim tua alma não conseguirá ser mais forte que o teu espírito! Ela terá que se sujeitar ao governo do Espírito!


Por quanto tempo você deseja que o Espirito Santo interceda por você?


O tempo todo?


Então ore em línguas em todo tempo (Ef 6.18), porque assim em todo tempo Ele estará intercedendo por você!


Esse é o meu “segredo”.


Que Deus te abençoe,


Pra. Sarah Sheeva

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