Então, o que você deve fazer?
1. Ore e leia
Leia a Palavra! Que privilégio! E que obrigação! E que potencial para ver a glória de Deus! Considere Efésios 3.3-4: “Segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo”. Quando ledes! Deus quis que os maiores mistérios da vida sejam revelados por meio da leitura.
Sim, Efésios 1.16-18 mostra a importância da oração (“não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que… iluminados os olhos do vosso coração”). Mas a oração não pode substituir a leitura. A oração pode transformar a leitura em percepção. No entanto, se não lermos, não teremos percepções. O Espírito Santo foi enviado para glorificar a Jesus. E a glória de Jesus é revelada na Palavra. Portanto, leia.
2. Ore e estude
2 Timóteo 2.15: “Procura (ou estuda para) apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. Deus nos deu um livro a respeito dEle mesmo, não para que o leiamos de qualquer maneira negligente que desejarmos. Paul diz: “Procura [estuda para]…” manejar “bem a palavra da verdade”. Isso significa trabalhe na Palavra, se você deseja obter o máximo dela.
O pêndulo balança para lá e para cá. Alguns dizem: “Ore e não dependa de obras de estudo humanas e naturais”. Outros dizem: “Estude porque Deus não lhe revelará o significado de um texto por meio da oração”. Mas não achamos esta dicotomia na Bíblia. Temos de estudar e manejar corretamente a Palavra de Deus; e temos de orar, pois, do contrário, não veremos na Palavra aquilo que é essencial, a glória de Deus na face de Cristo (2 Coríntios 4.4, 6).
Benjamin Warfield, um grande estudioso da Bíblia, escreveu em 1911: “Às vezes, ouvimos alguém dizer que dez minutos de joelhos lhe darão um discernimento mais profundo, mais verdadeiro e mais produtivo a respeito de Deus do que dez horas de estudo em seus livros. ‘O quê?’ — essa é a ação apropriada — ‘dez minutos de joelhos, mais do que dez horas de estudo?’” (“The Religious Life of Theological Students”, em The Princeton Theology, editado por Mark Noll, Grand Rapids: Baker Book House, 1983, p. 263).
3. Ore e esquadrinhe
Ao aproximar-nos da Bíblia, devemos fazê-lo como um avarento que está à procura de ouro ou como uma noiva que perdeu seu anel de compromisso em algum lugar de sua casa. Ela esquadrinha a casa. Essa é a maneira como buscamos a Deus na Bíblia.
Se clamares por inteligência,
e por entendimento alçares a voz,
se buscares a sabedoria como a prata
e como a tesouros escondidos a procurares,
então, entenderás o temor do SENHOR
e acharás o conhecimento de Deus.
Provérbios 2.3-5
Busque como se buscasse a prata; procure como a tesouros escondidos. Isto é esquadrinhar a Bíblia para achar tudo o que é valioso. Se há tesouros escondidos, procure-os. Deus determinou que os dará a todos os que buscarem de todo o coração (Jeremias 29.13).
4. Ore e medite
Em 2 Timóteo 2.7, Paulo mostrou a Timóteo como este deveria ler sua carta: “Pondera o que acabo de dizer, porque o Senhor te dará compreensão em todas as coisas”. Sim, o Senhor dá compreensão, mas não sem reflexão. Não substitua o meditar pelo orar. Medite e ore. Leia, estude, esquadrinhe e pense. Mas tudo isso será inútil sem oração.
Portanto, vimos novamente: a oração é indispensável, se queremos ver a glória de Deus na Palavra de Deus. Mas vimos, igualmente, que ler, estudar, esquadrinhar e meditar a Palavra também é necessário. Deus ordenou que a obra de abrir os nossos olhos, realizada pelo Espírito Santo, sempre seja combinada com a obra de informar a mente, realizada pela sua Palavra. O alvo de Deus é que vejamos e reflitamos a sua glória. Por isso, Ele abre nossos olhos, quando contemplamos a glória dEle em sua Palavra.
Então… leia, estude, esquadrinhe, medite — e ore! “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Salmos 119.18).
Por: Voltemos ao evangelho
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