Quando Jó perdeu seus dez filhos, mortos por um vendaval que os esmagou (como os furacões que devastam e destroem em nossos dias), ele rasgou seu manto, rapou a cabeça, lançou-se em terra e adorou. E disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1.21) Depois, quando ferido de tumores em todo o corpo, Jó disse à sua esposa que amaldiçoava a Deus: “Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” (Jó 2.10). Em ambos os casos, o autor do livro de Jó acrescenta que ele “não pecou” nestas afirmações ousadas a respeito da soberania de Deus sobre o vento, a enfermidade e Satanás (ver Jó 1.22; 2.10).
Neste sentido, quais são as principais influências para os jovens em nossos dias? Que mensagem está sendo transmitida a respeito do governo de Deus sobre todas as coisas, o direito de dar e tomar que Ele tem como Criador e sua autoridade para governar o mundo? Uma estrela de rock, filha de um pastor metodista da Carolina do Norte, sofreu aborto. À idéia de que este acontecimento doloroso estava na vontade de Deus, ela respondeu: “Se estava, então eu chutarei o traseiro dEle, porque não estou interessada em ‘seja feita a tua vontade’. Sendo mãe desta criança, eu quero a minha vontade e não a tua” (Foster’s Sunday Citizen, 15 de novembro de 1998).
Posteriormente, Jó falou sobre pessoas como sua esposa e essa estrela de rock. Eles são prósperos, não compreendem que sua própria respiração é um dom da graça que eles não merecem (Deus não é “servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” — Atos 17.25). Tais pessoas não têm uma vida de gratidão contínua para com a paciência e a tolerância de Deus (“Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” — Romanos 2.4). Acham que o prazer é a norma da vida e interpretam o sofrimento como uma ocasião para blasfemarem do Altíssimo. Jó diz a respeito deles: “São estes os que disseram a Deus: Retira-te de nós! Não desejamos conhecer os teus caminhos. Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?” (Jó 21.14-15)
Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos?
Essa é uma pergunta excelente, dependendo do tom de voz. Eis uma parte da resposta.
• Ele é razão por que você chegou a existir. “Nele, foram criadas todas as coisas” (Colossenses 1.16).
• Ele é a razão por que você continua existindo. Ele sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1.3).
• Ele decide por que você existe e o faz cumprir os seus objetivos. “Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Colossenses 1.16).
• Ele governa todas as autoridades que parecem tão influentes na terra. “Jesus Cristo… o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1.5).
• Somente Ele tem autoridade para perdoar pecados. “Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus? …o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados” (Marcos 2.7, 10).
• Opor-se a Deus é tolice em extremo. “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10.31).
• Amar a Deus e aproximar-se dEle é sabedoria plena. “Na tua [de Deus] presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Salmos 16.11). “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros” (Tiago 4.8).
Portanto, com regozijo e tremor, humilhemo-nos sob a poderosa mão de Deus. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã (Salmos 30.5). Os caminhos de Deus são, freqüentemente, estranhos. Mas, quando esses caminhos são estranhos, Jó é um exemplo melhor do que uma estrela de rock.
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